Mutō é uma instalação e santuário multiespécie, liderado por pessoas trans, que posiciona o descanso como trabalho essencial e o ato de sonhar como uma força ativa na construção de futuros coletivos. Em resposta ao colapso ecológico e à erosão das relações entre humanos e não-humanos, a obra prototipa um mundo em que a regeneração é financiada, protegida e colocada no centro da vida cultural.

Guiado pelas borboletas, mestres ancestrais da metamorfose, o Templo segue o ciclo de vida desses insetos como estrutura para a criação cerimonial e coletiva de mundos. Comunidades trans, reconhecidas por sua expertise em navegar transformações, são convidadas a habitar o espaço como sonhadoras remuneradas. Suas visões são entendidas como contribuições vitais para futuros adaptativos e multiespécie para todo o Planeta.

O público encontra aqui uma proposta em funcionamento: a de que remunerar aqueles que geram visões regenerativas afirma esse trabalho como um bem público, ligando de forma inseparável cuidado, renovação ecológica e transformação cultural na construção de futuros compartilhados.