COLUNA

Pri Bertucci

[ILE/DILE & ELE/DELE]

Artista social, educadore e pesquisadore da área de diversidade há pelo menos duas décadas

Venha de Verde amarelo na Marcha do Orgulho Trans de São Paulo

Venha de Verde amarelo na Marcha do Orgulho Trans de São Paulo

Recentemente, testemunhamos na praia de Copacabana um poderoso momento cultural que redefiniu a iconografia brasileira. Neste cenário emblemático, a arte de Madonna ao lado de Pabllo Vittar elevou nossa bandeira e nossas cores a um patamar global de amor e tolerância. Nos últimos anos, o verde e amarelo foi apropriado por um discurso reacionário que negava nossa luta e nossa existência. Essas cores, que pertencem a todas as pessoas do Brasil, pareciam sequestradas por esses grupos.

O evento em Copacabana, no entanto, iluminou esses caminhos novamente. Usando nossas cores num momento de celebração e afirmando a importância de nossa existência, Madonna e Pabllo Vittar nos devolveram a bandeira e as cores. O mundo pôde ver os símbolos do Brasil em um contexto de amor e tolerância, distante do autoritarismo e da depredação. Este gesto não foi apenas belo, mas profundamente simbólico!


RENASCENÇA DE GÊNERO E DA IDENTIDADE BRASILEIRA

Este ano, marcamos o início de um novo capítulo na história de lutas e conquistas com a 7ª Marcha do Orgulho Trans de São Paulo. A manifestação deste ano não é apenas uma celebração; é um levante, um renascer de esperanças e ideais. Sob o tema da “Renascença de Gênero”, a Marcha convida a todes, especialmente as pessoas aliadas cisgêneros, a se unirem a nós nesta marcha vital pela liberdade e pela superação de noções ultrapassadas de gênero.

Nesse levante e reapropriação das cores nacionais, pedimos a todes que tragam não apenas a bandeira trans, mas também a bandeira brasileira e vistam as nossas cores! Não há Brasil sem a vivência e a resistência trans. Juntes, marcharemos não só pela liberdade de gênero, mas também pela afirmação de nossa identidade brasileira. Este movimento transcende a marcha; é um chamado para todes que acreditam em um Brasil inclusivo e diverso.

ISSO É UMA RETOMADA, ISSO É UM LEVANTE!

A Marcha do Orgulho Trans de São Paulo é mais do que uma manifestação; é o palco de uma luta contínua pela aceitação, pela visibilidade e pelo direito de ser.  Venha fazer parte dessa renascença de gênero e da identidade brasileira.Faça parte dessa história de amor, resistência e transformação. Venha de verde e amarelo, traga suas cores, sua voz, e seu espírito de luta.

ESSA É A RENASCENÇA DE GÊNERO E DO BRASIL!

Haverá um BLOCO DE ALIADES e a presença de todos, todas e todes que estão na luta por uma sociedade que acredita na liberdade de gênero para todas as pessoas.

Na programação  Majur, Jaloo e o bloco Ilú Obá de Min marcham pela Renascença de gênero e das nossas identidades. 

Estão confirmades para a manifestação as deputadas Carol Iara e Erika Hilton e ativistas como Neon Cunha, Jovana Baby, Indianare Siqueira, Amanda Paschoal, Jaque Gomes de Jesus, Thaty Araujo, Van Marcelino, Sayonara Nogueira, Pri Bertucci, Rafael Carmo, Maite Schneider, Thiffany Odara, Junior Lima, entre outros nomes representativos do movimento trans no Brasil. 

ILÚ OBÁ DE MIN

MAJUR

JALOO

COLUNISTA

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Pri Bertucci

[ILE/DILE & ELE/DELE]

Artista social, educadore e pesquisadore da área de diversidade há pelo menos duas décadas. Identifica-se como pessoa não branca, não cis, não binária, transgênero /gender queer. É CEO da [DIVERSITY BBOX] consultoria; fundadore do Instituto [SSEX BBOX], projeto pioneiro no tema de justiça social; cocriadore do “Sistema Ile”, mais conhecido como linguagem neutra na língua portuguesa. Pri também é produtore executivo da Marcha do Orgulho Trans de São Paulo, e inovou em 2023 quando criou a primeira AI não binária do mundo.
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No Instituto [SSEX BBOX] realizamos projetos e advocacy que visam destacar a diversidade, inclusão e a equidade sobre os temas de gênero, sexualidade, população LGBTQIAP+, raça, etnia e pessoas com deficiência.

As ações do Instituto incluem apresentar ferramentas, conteúdos educacionais, e soluções estratégicas visando o exercício do olhar interseccional para grupos sub-representados. Nossas atividades tiveram início em 2009, a partir de uma série de webdocumentários educacionais que exploram temas da sexualidade e gênero para promover mudanças sociais com base nos direitos humanos.

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