Acomunicação será veículo de inclusão absoluta.
A humildade de desaprender tudo que for necessário para transformar o mundo em um lugar seguro e inclusivo para todes exige amor, dedicação e coragem. Amor para avançarmos nas transformações necessárias à formação de uma sociedade global absoluta, radical e abrangentemente inclusiva. Dedicação para trazer à consciência todos os vieses social e historicamente construídos, questionar o status quo, desconstruir aquilo que, às vezes, reconhecemos como nossa essência e desaprender sempre que necessário. Coragem para enfrentar as sombras dos nossos preconceitos ancestralmente constituídos.
Na escola, aprendemos que a gramática normativa é inquestionável. A ortografia, a sintaxe, as métricas e as regras nos foram impostas. Não recebemos estímulo ao pensamento crítico. Não tivemos contato com a gramática histórica e sua evolução ao longo da história. Não fomos instigados a questionar as relações de poder e a hierarquização social existentes na separação entre a língua formal, dita culta, e a linguagem oral, das ruas, por muitos ainda considerada errada. Se quer nos foi contato que existia a linguística como campo da ciência que estuda os fatos da linguagem. Como ninguém nos contou nada disso, também não sabemos quem foi Ferdinand de Saussure, linguista suíço, que funda esse campo do conhecimento no século XX.
E qual a importância da linguística para a promoção da inclusão?
A linguística, ao se dedicar à observação dos fatos da linguagem, permitiu que nós nos abstivéssemos cientificamente do lugar de definir regras e normas, em nome de certos princípios estéticos ou morais. Nos quase 100 mil anos de história da linguagem humana, a maneira como nos expressamos carrega forte conteúdo histórico, econômico, político, social e moral, representando um contexto cultural datado. Se a língua está em constante evolução e permanente mutação, é tempo de adaptarmos a maneira que nos comunicamos para promover uma inclusão radical de toda a pluralidade humana.
Você tem coragem de se somar a mim nessa jornada de desaprendizado para abraçarmos e acolhermos todes por meio da comunicação inclusiva?
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