Os dias têm sido difíceis, não é?
Não está fácil suportar, não é verdade?
Eu imagino o quanto deve ser difícil para você admitir que a corda que lhe sustenta já está para arrebentar. Deve imaginar diversas vezes que as “pílulas mágicas” já não fazem efeito como antes. Sei também que a “medicina da vez” é a das “plantas de poder”, certo? Então é a vez das medicinas curar o mal que nós mesmos causamos, tapar o buraco que nós mesmo cavamos…
Por gentileza, você quer curar seu corpo, sua mente e/ou sua alma? Se não for um abuso perguntar: VOCÊ QUER SE CURAR DE QUEM? OU DO QUÊ?
Sei que talvez eu já esteja “enchendo o saco” com minhas perguntas, já que “minha ansiedade” está sedenta por respostas.
Minhas perguntas tem o objetivo de encontrar uma razão para tais emoções.
O que nos une como “humanos seres” são as emoções e elas são apartidárias de religião, credo, cor, raça, gênero, orientação afetivo-sexual ou classe social… A dor de quem perde um ente querido é igual a todes, em todos os outros cenários no mundo.
Você aí, nunca parou pra pensar ou ao menos questionar as histórias mal contadas a partir da nossa cultura sobre o tal mito ou verdade da nossa criação?
Perguntar, questionar de maneira leve, sem medo de ser estraçalhado por um raio divino…
Você parou pra pensar porque objetos voadores não identificados (OVNI ou UAP) conseguem cortar os céus numa velocidade surpreendente, se movimentando de um lado para o outro em fração de segundos e que nossa mais avançada das avançadas tecnologias não chega nem perto de fazer isso?
E QUAL A RELAÇÃO DISSO TUDO COM “A CURA”, MEU AMIGUE?
Para nós indígenas, cada pergunta tem um mundo de respostas e é por meio dos questionamentos que as crianças experimentam este mundo. São elas que nos ensinam a encontrar respostas para questionamentos bobos e, às vezes, desconcertantes para os adultos, porém, complexos para uma criança.
Por acaso você já se esqueceu da sua criancice? Por que o céu é azul? O peixe dorme? Onde fica escondida as asas das borboletas quando ainda são lagartas? Como a água entra no coco? De onde vem as águas que brotam das nascentes? Porque as nuvens parecem paradas se tem vento soprando? A cor do mar é azul ou verde? E por que tem essa cor?
As crianças descobrem nesse momento que os adultos não sabem de tudo e que a explicação de que “Deus quis assim” não é suficiente. A partir de então torna-se investigadora, questionadora de coisas divinas e tudo é fascinante…
Agora, voltando à questão… Você, adulto que leu até aqui esse texto, pergunte à sua criança de onde vem a sua dor… Do que precisa se curar? Se for da sua mente, o que é ou quem tem tirado a sua paz? Se for a sua alma, o que foi que aconteceu na tua história que é como um “crime hediondo”, que te magoou ou ainda te magoa até os dias atuais? Qual foi ou qual é a batalha que seu corpo cansado, exausto já não quer mais lutar e está reclamando descanso?
A inteligência artificial vai substituir muitas coisas que criamos para satisfazer nossos desejos, porém, jamais terá condições de encontrar respostas para cura dos sentimentos… Essa tecnologia é somente nossa, seres micro e macro biológicos.
Se as crianças “crescidas” não pararem de criar falsas ilusões com a finalidade de ocupar nossas mentes, talvez ainda terão como perguntar aos mais velhos… Tá com dúvida, pergunte a Mamãe Terra, pergunte ao Pai Sol, questione a Vovó Lua ou Vovô Espírito Guardião do Tempo…
Bateu curiosidade, é só perguntar, linda criança…